AUMENTO DA PREVALÊNCIA
Confira nas imagens o aumento da prevalência do autismo, conforme gráficos da Autism Speaks e Tismoo (nessa ordem), ambos baseados em dados do CDC/USA, que é o órgão de saúde dos Estados Unidos.
Em 1975 apenas 1 a cada 5.0000 pessoas tinha Autismo. De acordo com o último levantamento publicado em 2020, 1 a cada 44 crianças tem Autismo:
NO BRASIL
AIinda não há dados oficiais desses números no Brasil mas, também de acordo com esse levantamento do CDC, a distribuição de pessoas com autismo acontece independentemente do grupo racial, étnico e sócio-econômico e, portanto, deve ser similar por aqui.
Fala-se que a estimativa é de cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas, seguindo essa estatística do CDC/USA, na verdade seriam quase 5 milhões. Uma estimativa está sendo realizada através do Censo 2022, de acordo com a Lei 13.861/2019 (link abaixo), mas é muito provável que não condizam com a realidade, devido à falta de diagnóstico e informação, ainda mais nas áreas mais periféricas.
POR QUE esse AUMENTO?
Os principais motivos do aumento da prevalência do autismo são a ampliação do diagnóstico e o aumento da informação.
1. Ampliação do Diagnóstico:
Afinal, até a publicação do DSM-V, que é o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, atualizado em maio de 2013, apenas casos mais graves eram considerados autismo, e a síndrome de asperger era considerada um diagnóstico distinto. A partir dessa edição, ambos passaram a ser um mesmo diagnóstico, o denominado TEA - Transtorno do Espectro do Autismo.
2. Aumento da Informação:
Além disso, ao longo dos anos há um gradativo aumento da informação e, com isso, cada vez mais buscam profissionais e mais e mais especialistas tornam-se capazes de realizar um diagnóstico.
Aumento da Informação
Cada vez mais a mídia e as redes sociais levam conscientização do autismo, fazendo com que as famílias busquem profissionais e entrem em alerta no caso da presença de alguns sintomas.
Além disso, cada vez mais há cursos, especializações e informação disponíveis para profissionais da saúde e da educação, tornando-os cada vez mais hábeis a realizar a triagem e, no caso dos médicos especialistas, fechar o diagnóstico.
Conclusão
Portanto, nestes casos, o que houve não foi o aumento de casos, mas de pessoas com autismo que receberam diagnóstico, e que teriam ficado fora das estatísticas anteriormente. Talvez haja de fato um aumento real na prevalência do autismo, mas a ciência ainda não conseguiu chegar a uma conclusão sobre isso.
VACINAS NÃO CAUSAM AUTISMO
Importante ressaltar que, ao contrário do mito irresponsavelmente divulgado, as vacinas não causam autismo. O mito teve origem num único e pequeno estudo comprovadamente fraudulento, em que a revista posterioremente pediu retratação, e o médico responsável perdeu a licença.
Além disso, foram realizados diversos estudos posteriores que provaram o contrário, ou seja, de que não existe nenhuma relação entre as vacinas e o autismo.
AUMENTO PREVALÊNCIA
Dr. Gadia e Dr. Paulo Liberalesso
Confira no link abaixo trechos dessa lendária live realizada no IG @eyecontactlivesshapedbyautism desse adorável casal com Dr. Paulo Liberalesso.
Dr. CARLOS GADIA, diretor de um dos mais importantes centros autismo do mundo, no Miami Childrens Hospital, que faz parte do livro Propósito Azul (link de compra nos destaques) e a maravilhosaaaaa GRAZI GADIA, fundadora do projeto social Eyecontact - Lives Shaped by Autism, que tem a missão de dar suporte às mães e familiares de crianças com Autismo por meio do seu Instagram e canal no YouTube com o mesmo nome, nos quais divulguem informações e diversos projetos promovidos pelo casal.
Dr. Paulo é uma das maiores referências em neuropediatria no Brasil, uma assumidade no assunto.
CAUSAS do AUTISMO
Estudos mais recentes concluíram que a causa do autismo é quase na totalidade genética, entre 97% e 99% do casos, e em cerca de 81% hereditária. Entenda melhor a seguir:
HERDABILIDADE DO TEA
Tismoo
Como explica o IG @autism.os: Posted @withregram • @nemparece.tea Com o objetivo de analisar influências genéticas do autismo foi realizado um estudo de coorte multinacional, de base populacional, incluindo crianças da Dinamarca, Finlândia, Suécia, Israel e Austrália Ocidental, nascidas entre 1º de janeiro de 1998 e 31 de dezembro de 2011 e acompanhadas até os 16 anos de idade anos, incluiu 2 001 631 indivíduos, dos quais 1 027 546 (51,3%) eram do sexo masculino.
De toda a amostra, 22.156 foram diagnosticados com TEA ( Transtorno do Espectro Autista).
A hereditariedade do TEA variaram de 50,9% na Finlândia a 86,8% em Israel.
Para os países nórdicos combinados, as estimativas de herdabilidade variaram de 81,2% a 82,7%.
Com base em dados populacionais dos 5 países, a herdabilidade foi estimada em aproximadamente 80%, indicando que a variação na ocorrência de autismo na população é principalmente devido a influências genéticas herdadas, sem suporte para contribuição de efeitos maternos (como idade materna na gestação, QI materno, prematuridade)..
Referência: JAMA Psychiatry. 2019;76(10):1035-1043. doi:10.1001/jamapsychiatry.2019.1411"