4 FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO
Nos vídeos abaixo, Thiago Lopes aborda sobre essas 4 Funções dos Comportamentos:
- Objetos, Fuga, Controle e Atenção.
USE DICAS VISUAIS
Use dicas visuais para deixar bem claro que comportamentos não são aceitos, conforme dicas do site www.autismoprojetointegrar.com.br:


REGISTRE OS COMPORTAMENTOS
A mamãe Mariana Dourado do IG @as_aventuras_de_alice explica que devemos registrar os COMPORTAMENTOS ALVO, ou seja, os comportamentos desejados que queremos aumentar e os comportamentos indesejados que queremos reduzir ou eliminar, anotando sempre também seus ANTECEDENTES e CONSEQUÊNCIAS, para que possamos analisar esses fatores e planeja-los de forma a estimular ou reduzir os comportamentos:
A IMPORTÂNCIA do NÃO!
Nossa mestre Mayra Gaiato ensina que, se você disse que NÃO, FAÇA CUMPRIR, impedindo a criança de continuar aquilo que você proibiu!
Atender o NÃO é de essencial importância para a criança cumprir as REGRAS SOCIAIS, a HIERARQUIA, etc.
Treine ao máximo em casa, em situações em que você possa enfrentar a "tempestade"! Quando você tiver dificuldade em fazer cumprir, melhor evitar o não. NUNCA CEDA, para que a criança entenda a importância da sua palavra e do COMANDO!
No livro "O Reizinho da Casa", @drgusteixeira alerta que é preciso ter muita atenção a CASOS CONSTANTES de DESOBEDIÊNCIA, pois eles podem se agravar até que se transformem em um transtorno muito comum, conhecido como TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITOR!
O livro Reizinho Autista explica que, ainda que a criança com Autismo apresente persistentes comportamentos inadequados, não se pode considerar que a presença do TOD - Transtorno Desafiador Opositivo.
Afinal, para que se caracteriza o TOD, é necessário que a criança tenha consciência de que está se opondo à figura de autoridade dos pais, cuidadores ou professores, o que não acontece nas crianças com Autismo, já que estes têm dificuldade em se colocar no lugar do outro, prever o que estão sentindo.
“Fomos criados de forma a não considerar as atitudes adequadas porque são “obrigação”, e a dar muita atenção para a criança em comportamentos inadequados. Por mais que discordemos da educação que recebemos, essas mensagens ficam implícitas na nossa memória e tendemos a reproduzir o padrão, mesmo quando não concordamos com ele!"
Técnicas de Prevenção de Comportamentos Inadequados:
* Rotinas com Figuras (quadro de rotina);
* Antecipar o que Vai Acontecer (avisar mudanças na rotina com antecedência e com ajuda de figuras);
* Reduzir a Estimulação Ambiental (ter um lugar calmo para a criança se acalmar);
* Deixar Claro o Que a Criança Deve Fazer (ao invés do que não deve fazer);
* Histórias Sociais (Ex. Figura: Proibido Bater);
* Painel do Antes e Depois (colocar a foto do que a criança deve fazer e ao lado o que ela ganhará de recompensa);
* Uso de Cronômetro (quando a criança estiver fazendo algo que goste muito e assim poderá administrar o tempo e prever quando estiver acabando);
* Diminuir o Divertimento (também quando a criança estiver fazendo algo que goste muito, ir guardando os brinquedos, diminuir a empolgação da brincadeira, etc).
* Aproximações Sucessivas para Situações Difíceis (Ex. Se a criança não quer compartilhar os brinquedos, comece só encostando, no outro dia pegue e devolva rapidamente e assim sucessivamente);
* Tabela de Pontos (cada vez que a criança cumpre metas, ganha pontos);
* Contrato (definir obrigações claras: Ex. Não chutar a porta do quarto).
O Que Fazer Quando Comportamentos Inadequados Acontecem:
Não reforce o comportamento (não dê o que a criança quer enquanto a criança chora, berra ou faz birra);
Não basta eliminar os comportamentos inadequados, precisamos substituir por comportamentos desejáveis ou funcionais e, estes sim, reforçar.
1) AGRESSIVIDADE: o principal é não ter ganhos com esse comportamento! (E conter a criança para não se machucar ou machucar outras pessoas);
2) ATENÇÃO: Idem.
3) FUGA: dê o comando e não deixe a criança fazer mais nada enquanto não obedecer.
4) CONTROLE: aproximações sucessivas, ou seja, aos poucos ir chegando perto do ideal.
DICAS PARA OS PAIS:
1) ENRIQUECIMENTOS DO AMBIENTE: “Trata-se de expor a criança a um ambiente doméstico rico em diferentes estímulos sensoriais, motores e cognitivos”.
2) PSICOEDUCAÇÃO: "O trabalho psicoeducativo será fundamental para esclarecer dúvidas (…)”
3) CONSISTÊNCIA: “É muito comum os pais desistirem dos procedimentos por acharem que a criança não entende ou por não conseguirem estabelecer-me-los em casa”.
4) LIMITES: “Temos que tomar cuidado para que as regras sejam claras e a informação não fique ambígua”.
5) BAIXA TOLERÂNCIA A FRUSTRAÇÕES: “Temos que permitir que eles vivenciem essas pequenas dificuldades que gostaríamos de lhes poupar”.
6) EXCESSO DE FRUSTRAÇÕES: “Um ambiente muito disjuntivo, onde ocorrem brigas, gritos, ofensas em excesso, gera estresse e sintomas de ansiedade, que poderão gerar novos comportamentos inadequados e desregulaçÃo emocional na criança”.
7) ESTRATÉGIAS PARA COMUNICAÇÃO: “Converse com a equipe terapêutica do seu filho sobre o uso de figuras ou outras formas de estimular a comunicação em casa”.
8) ATIVIDADES EM CASA:
=> Promover a generalização do aprendizado (fazer em casa o que aprende nas terapias);
=> Incentive seu filho a se cuidar sozinho (AVD’S - atividades da vida diária);
=> Dar tarefas para Criança Realizar (ajudar nas tarefas domésticas);
=> Manter o Ambiente Doméstico Saudável (ambiente acolhedor);
=> Pai e Mãe Parceitos (dividir tarefas);
=> Tenha uma refeiçÃo ao Dia em Família;
=> Procure Oportunidades para Seu Filho Desenvolver Atividades Sociais (saídas rápidas com colegas da escola);
=> Trabalhe em Conjunto com a Escola (oriente as professoras sobre as estratégias discutidas com os especialistas);
=> Incentive a prática de esportes (praticar esportes libera no cérebro uma variedade de substâncias benéficas ao organismo);
=> Tenha um tempo pra você;
=> Busque ajuda Especializada (grupos de ajuda mútua).
Mayra explica que, por mais que a criança vá chorar, temos que dar tchau antes de ir embora. Enfim, sempre ser leal e enfrentar a verdade.
Mayra explica que agressividade não faz parte dos critérios diagnóstico para autismo e não se pode aceitar, deve ser o maior foco do tratamento, pois se ela se auto-agride ou agride outras pessoas, vai ser institucionalizada quando adulto.
O site autimates.com, acrescenta:
"AUTISMO E COMPORTAMENTO – Como estabelecer regras:
Por Fatima de Kwant
A família é uma pequena sociedade e toda sociedade precisa de regras. Crianças com autismo são, antes de mais nada, crianças. Como tal, necessitam regras que os ajudem a entender o ambiente onde vivem, e se comportar de acordo.
Estabeleça regras claras e sensatas para sua criança autista, reforçando as mesmas com consistência e consequências apropriadas. Ao fazer isso você estará ajudando seu filho a desenvolver hábitos diários de autodisciplina. Não espere que uma nova regra seja entendida imediatamente. Lembre-se que é a insistência que irá fazer com que a criança a considere parte de sua rotina. Qualquer criança pode aprender qualquer coisa caso seja encontrada a maneira efetiva para ensiná-la. As sugestões feitas neste artigo podem ser aplicadas em qualquer criança, independente de sua condição neurológica. As crianças e adolescentes autistas, no entanto, apresentam um desafio maior para seus pais e educadores.
Os autistas não verbais e/ou com a cognição comprometida podem encontrar mais dificuldades que os autistas com menor dificuldade de comunicação. No entanto, fazendo-se uso de outros métodos educacionais, eles também podem entender o que seus pais tentam lhe ensinar. O uso consistente de pictogramas, no caso, pode ser um excelente instrumento de comunicação. Seguir regras é possível e vai ajudá-lo a proteger o bem estar físico e mental do seu filho, seja qual for o grau de autismo.
Aqui seguem algumas dicas para os pais e educadores estabelecerem regras, determinarem tarefas ou como agir quando as crianças não os obedecem.
Seja claro – Um dos motivos pelos quais algumas crianças não fazem o que se pedimos é por que não somos claros o suficiente nas nossas mensagens. Exemplo: ao invés de dizer: “Arrume seus brinquedos, por favor”, tente: “ Pegue os carrinhos do chão; coloque os carrinhos no cesto.” A criança pode não saber COMO arrumar. Tenha certeza de que ela compreende a tarefa.
Troque “Não fique no computador muito tempo” por “ você pode ficar no computador até 17:00 horas”. No caso do autista não ter ainda noção de tempo, faça uso do Time-Timer *. Especifique cada tarefa ou regra. Se ele não consegue pensar como você, pense como se fosse ele.
Seja lógico – Toda criança tende a aprender melhor quando a explicação tem lógica. “ Porque não!” é uma frase que pais deveriam evitar. A criança autista precisa de lógica para fazer senso do comportamento das pessoas a sua volta. Explique-lhe, usando sua forma de comunicação, que na sua família todos os membros fazem “assim” (comportamento desejado). Exemplo: “Aqui em casa não batemos (chutamos, comemos com as mãos etc.). Se necessário, fale e mostre à criança um pictograma de uma criança batendo em outra (ou a foto dela mesma batendo num membro da família) com um X vermelho, dizendo “NÃO”. Pode ser que você também queira mostrar-lhe qual o comportamento desejado. No caso, fale e mostre a ela uma foto onde os familiares sejam gentis uns com os outros. Dessa vez com um dedo polegar ou o símbolo check (√) na cor verde.
Seja criativo usando aquilo que desperta a curiosidade da criança para estimular bom comportamento e interromper o indesejado.
Em seguida explique a ela, do modo mais simples, o por quê. Quanto mais desenvolvida a criança, mais lógica você deverá lhe dar. Exemplo: “Não batemos porque bater dói” ou “Não batemos porque aqui em casa só gostamos de carinho.”
As regras são mais fáceis de serem aceitas quando são baseadas em bons princípios, como a justiça e a gentileza.
Seja consistente – Assegure-se de que seu filho compreende que a regra será mantida o tempo todo, inclusive fora de casa. Assegure-se de reforçar a regra toda vez que esta é quebrada. É essencial que os pais dêem o exemplo. Exemplo: se você quer que seu filho pare de gritar, evite fazer o mesmo na presença dele.
Exceções podem existir mas lembre-se que “às-vezes-sim-às-vezes-não”, para uma criança autista, pode ser muito difícil de entender. Portanto, a regra tenderá a não ser seguida.
Escreva ou desenhe as regras num papel – Muitos autistas são mais responsivos ao que veem do que ao que ouvem. Escreva num papel as regras principais (da casa, escola etc.). Se necessário, desenhe. Sugestão: Escreva as regras da casa numa cartolina. Não escreva mais que cinco de uma vez. Caso necessário, utilize mais cartolinas, espalhadas pelos cômodos da casa (banheiro, quarto, sala, cozinha etc.). Cole uma foto da criança na parte de cima. Sempre que ela esquecer a regra, mostre o cartaz a ela para lembra-la do que deve fazer.
Reconheça (compense) o bom comportamento – Sempre deixe seu filho saber o quanto você aprecia o fato dele respeitar s regras da casa, elogiando o fato. Nomeie aquilo que ele/ela fez corretamente ao invés de focar no que fez de errado. Quando pais se apressam mais em elogiar do que em criticar, a criança aprende a se sentir bem consigo mesma, desenvolvendo auto estima e autoconfiança. Você pode optar por um sistema de recompensa. A cada regra/tarefa cumprida, a criança ganha pontos/créditos/adesivos; a cada x pontos, ela ganhará um prêmio – a ser previamente estabelecido.
Não desanime – Não desanime se for necessário muito tempo até que a criança assimile a regra. Tampouco desanime se você passou a vida toda deixando seu filho fazer o que quisesse, pois “é autista”. Acredite que mudanças podem acontecer em qualquer idade, ainda que mais difíceis de serem realizadas. Diga a seu filho que, hoje, você é um/a novo/a pai/mãe! Mantenha o carinho que sente por seu filho sem perder a determinação de que é possível que mude. Acredite que é possível ele/a mudar. Sua atitude vale mais que mil palavras.
Crianças neurotípicas (“normais”) aprendem através de exemplos, bem mais do que através de palavras. No entanto, as crianças autistas podem não imitar as ações de seus pais, tampouco entender o que falam. Estas crianças têm o dom de absorver o que seus pais SENTEM ou PENSAM delas. É importante que pais e educadores mantenham uma atitude positiva.
Se o “pé firme” de seu filho é grande, o seu será maior. Foque no resultado: o adolescente que não vai mais andar pela casa nu; a menina que não mais vai riscar os cadernos do irmão mais velho; a criança que vai comer à mesa com os outros membros da família. De pequenas a grandes, as regras da casa podem ser obedecidas. Autistas não são animais, são pessoas especiais, capazes de fazer tudo desde que nos disponhamos a descobrir como ensiná-los e qual o melhor momento para iniciar uma mudança.
O que fazer quando seu filho quebra uma regra
1- Analise se você o instruiu específica e claramente. Exemplo: Ao invés de dizer “Está na hora de ir pra cama”, diga: “ São 21:00; você agora vai para a cama, dormir”.
2- Foque no comportamento, sem humilhar a criança ou faze-la envergonhar-se de si mesma. Evite dizer: “ Quando é que você vai crescer??..” … ” Já te disse mil vezes! Quando é que você vai me ouvir??…” e tente: “Eu quero que você faça isso-ou-aquilo”.
3- Informe à criança o que acontecerá se ela quebrar a regra (consequência). Deixe que faça sua escolha. Se ela quebrar a regra, ainda assim, leve a cabo a consequência desta escolha sem fraquejar. Muitas quebram as regras porque não as compreendem. Pais estão cientes disso e, por sentirem pena, desistem. É importante manter-se neutro e focado no resultado final. Lembre-se de usar a linguagem/modo de comunicação que a criança melhor compreender (imagens, palavras ou ambas).
4- Mantenha a voz em tom normal, não gritando ou demonstrando muita emoção. De outro modo a impressão da criança é a de que você perdeu o controle. Isso pode deixa-la insegura. Fale com ela de um modo natural e decidido. Exemplo:Mostre a ela a tabela de regras e diga: “Você agora vai fazer isso-ou-aquilo.”
Planeje as consequências (castigo) de antemão:
Tenha certeza de que o castigo não seja muito ruim. É importante não exagerar na punição. Exemplo: não ameace deixá-lo uma semana sem o tablet por ter empurrado o irmão. O que você vai impor se algum dia ele fizer ainda pior (bater, chutar?). Seja realista. No caso, tenha certeza que a punição para o empurrão já seja conhecida pela criança. Se foi sua escolha (ainda que inocentemente) empurrar o irmão, o castigo deveria já ter sido estipulado como, por exemplo, o resto do dia sem o tablet.
Não diga aquilo que você não está preparado para cumprir. Num momento de estresse, os pais podem dizer coisas das quais se arrependem quando mais calmos. Tente se controlar quando impuser uma consequência. A melhor forma é fazendo uso de uma tabela já estipulada, num momento neutro, prévio à quebra de uma regra.
Elogios são mais poderosos do que castigos
Todo ser humano gosta de ser bem tratado. Um afago ou um elogio são mais poderosos que punições. No caso do ensinamento de regras ou de interrupção de mau comportamento, queremos ganhar a confiança da criança. Enquanto o castigo gera medo e ansiedade, o elogio sincero faz com que a criança sinta-se bem e com vontade de repetir a sensação. É uma espiral positiva. Por menor que seja o objetivo a alcançar, mesmo que a criança não o tenha alcançado por todo, cumprimente a tentativa (intenção) dela executar o que você havia pedido. A tendência é ela tornar-se cada vez mais receptiva à nova regra/tarefa ou de cessar o comportamento indesejado.
NÃO
Ao contrário do que muitos terapeutas afirmam, a palavra “não” pode ser usada. No entanto, perderá sua força quando dita em demasia. O poder do termo está no momento certo em que é utilizado. Pais devem economizar o “não” para as situações de muita urgência, como por exemplo quando a criança se encontra em perigo ou coloca outros em perigo.
Há vários momentos num dia em que se pode evitar usar esta palavra. Quando a criança estiver fazendo algo que seus pais não querem que faça, estes podem distrai-la, por exemplo, lhe mostrando um objeto, chamando seu nome, pegando suavemente pela mão e levando para um outro ambiente.
Ao contrário, na iminência do perigo ou de uma situação mais séria, pais podem fazer uso da palavra. Nesse caso com mais chance de obter o impacto desejado – a criança parar o que estava fazendo.
Vale observar que algumas crianças riem ou seguem fazendo o proibido quando ouvem “não!”. No caso, a expressão facial ou a entonação do adulto lhe chamou a atenção. Ela, então, quebra a regra porque a reação do adulto lhe agradou e ela quer que este a repita. Tente mudar o tom de voz e não demonstrar emoção forte (de susto ou zanga). Analise a situação, sempre.
Experimente desenhar uma tabela onde no lado esquerdo haja dois elementos proibidos e do lado direito, 5 elementos liberados. Exemplo: lado esquerdo – em letras vermelhas – Não bater e não chutar. Lado direito, em letras verdes – afagar – levantar e ir pro quarto – chamar mamãe ou papai – pegar um outro brinquedo (bola/boneca etc.) – fazer outra atividade.
À medida que a criança cresce e se desenvolve, os esquemas irão ficando mais sofisticados. Se a criança autista já alcançou um nível mais alto de comunicação, deixe que ela contribua nas sugestões. Exemplo: ao invés de lhe mostrar uma lista de tarefas, sente-se com ela e, juntos, decidam que tarefas devem ser de sua responsabilidade. Além de permitir que tenha um certo controle nas suas escolhas, estará aumentando sua auto estima, como membro integral da família.
Resumo
Toda criança/adolescente autista tem o potencial de aprender uma regra, seja com vistas a estimular um determinado tipo de comportamento ou cessar um comportamento indesejado.
O método de comunicação usado deve encontrar as possibilidades da criança no momento – imagens, tabelas, linguagem oral, linguagem escrita, desenhos, PECS**, TEACCH*** etc.
À medida que a criança evolua, ofereça-lhe mais desafios – mais regras, mais tarefas, mais cooperação. Não exija dela o que não pode (ainda) oferecer, mas também não a subestime. Crianças com autismo aprendem de um modo diferente das neurotípicas.
A consistência dos pais é essencial. A criança só aprenderá quando entender que ação (dela) X atrai reação Y (dos pais/escola).
Mantenha a calma; a sua mensagem chegará até a criança mais rápido se você mantiver tranquilidade (naturalidade) ao falar.
Insista, não desista. A vitória é dos persistentes".


COMO NEGAR SEM DIZER NÃO
Com ensina o IG @pedagogicamente, divulgado por @sindrome_de_asperger_autismo, podemos NEGAR muitas coisas à criança, SEM USAR A PALAVRA NÃO, é uma excelente dica:
Pouca vezes sabemos o impacto que nossas palavras têm sobre outras pessoas, especialmente nas crianças.
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Nós pensamos que com um pedido de desculpas, um corretivo, os problemas são resolvidos. Mas a verdade é que o modo como nos COMUNICAMOS interfere diretamente na maneira como os outros respondem a isso.
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Por exemplo, estamos acostumados a dizer um NÃO à frente de qualquer crítica ou um chamado de atenção, "Não bata nele", "Não coma isso", "Você não pode", "Não faça", "Não você pode brincar com isso".
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Existem maneiras melhores de negar, deter ou disciplinar seu filho do que sempre dizer "não". Além do óbvio esgotamento - tanto para pais quanto para filhos - dizer "não" demais pode gerar ressentimento.
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Use frases curtas, claras e concisas para explicar por que seu filho não deveria fazer algo.
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A maioria das crianças só quer o que elas querem, então os pais precisam com calma, firmeza e AFETO, explicar as causas, motivos e as consequências. Tudo isso não significa que vamos permiti-lhes fazer todo o que desejam e que não haverá limites e regras estabelecidas. Os pais só precisam mudar um pouco a forma como se comunicam.
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🔴 EXEMPLOS:
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Às vezes, "não" não é suficiente para comunicar um possível perigo. Em vez disso, use outros adjetivos fortes ou verbos com um tom de urgência para transmitir um senso de urgência. "
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➡️"É perigoso correr neste lugar, acho mais seguro você andar".
➡️“Cuidado!” “Pare!”
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Vamos eliminar os NÃOS neste sábado? Comece com esse desafio. Comunique com a criança sem dizer NÃO!
No mesmo sentido ensina o IG @anitabritooficial:
"Negar algo para uma criança sem pronunciar a palavra “não” é possível e muito mais benéfico para elas. Se reformularmos as coisas, as crianças irão entender por que deve ser assim, irão compreender melhor o significado das regras e, portanto, também será mais fácil cumpri-las. Reposted from @autism.os Post: @srmira_consultoriafamiliar"
AGRESSIVIDADE
Dicas do livro O Reizinho Autista:


O site ensina como diferenciar as BIRRAS das CRISES:
BIRRA X CRISE NO TEA: COMO DIFERENCIAR?
É extremamente comum que haja uma determinada associação e até mesmo uma confusão entre a birra e a crise, sobretudo quando o assunto é o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ambas as situações costumam ser usadas para o mesmo caso, mas é preciso esclarecer que isso não é correto. Existem diferenças pontuais que especifica esses quadros.
O que é birra?
A birra pode ser definida como um comportamento originado de algum descontentamento, geralmente acompanhado de choros, gritos e outras atitudes. Ela é intencional e é usada estrategicamente para que a criança, no caso, consiga algo que fora negada a ela. Assim que o pequeno recebe o que ele desejava, a birra acaba.
O que é crise (no autismo)?
No caso do TEA, as crises são mais frequentes quando a pessoa (seja ela criança ou adulta) está exposta a vários estímulos sensoriais e não sabe como lidar com tanta informação. Diferentemente da birra, a crise não é proposital e muito menos uma estratégia para se conseguir algo; mas a resposta de um limite que fora extrapolado; de uma irritação extrema.
Birra e crise: um detalhe crucial
Durante o desenvolvimento de um indivíduo, é absolutamente normal que ele abandone as birras. Não é usual presenciarmos adultos comportando-se dessa maneira como na fase infantil.
As crises incluídas no TEA não ficam restritas na infância apenas. Elas podem acompanhar a pessoa por toda a sua vida, tendo em vista que a irritação causada em seu aspecto sensorial continuará.
No entanto, é possível tratar essa condição por meio de intervenções aplicadas por uma equipe multidisciplinar. É aconselhável que o tratamento comece ainda na infância para que os episódios sejam diminuídos gradativamente.
Outras diferenças entre a birra e a crise
– A birra geralmente é direcionada a um grupo de pessoas ou um adulto. A intenção do pequeno é chamar a atenção para uma demanda não atendida prontamente por seus pais ou demais responsáveis, alguma frustração, etc. Normalmente, tem um objeto envolvido: brinquedo, peça de roupa, comida, DVD, objetos em geral.
– A crise no autismo pode acontecer até mesmo quando a criança estiver sozinha em seu quarto ou em algum outro local, independentemente se houver mais pessoas por perto ou não. Lembre-se: ela não quer chamar atenção para nada, é uma forma de expressar algo que ela não consegue lidar, exemplo: quando sua sensibilidade é exposta a estímulos sonoros, olfativos, toque, etc.
Estratégias para acabar/evitar a birra e as crises
As birras podem ser controladas quando os adultos adotam estratégias que visam ao controle desse comportamento: fingem que não estão vendo, levam a criança para um local isolado ou simplesmente atendem as suas reivindicações (lembrando que esta última não é muito indicada, pois pode acostumá-la muito mal; deixá-la mimada).
As crises no autismo precisam de outras maneiras para ser controladas. Primeiramente, jamais grite com a criança. O aconselhável é que ela seja levada para longe dos estímulos que motivaram essa situação. Depois disso, tente entender o que causou a crise.
Importante ressaltar que os episódios de crise devem ser relatados ao médico com riqueza de detalhes. Somente dessa maneira o especialista pode direcionar as técnicas que melhor combinam com o caso apresentado. Além de contar com a ajuda de profissionais de áreas distintas para o devido tratamento.
Já pensou aprender profundamente sobre o Autismo para melhorar seus atendimentos clínicos, entender melhor seu filho e saber por que seu aluno apresenta determinado comportamento e como trabalhar o processo de inclusão? Em um curso online completo o Dr. Clay Brites te ensina tudo sobre TEA com fundamentação científica e de forma prática e simplificada.
O IG @tudosobreautismo ilustra alguns fatores que desencadeiam as crises e alguns sinais antes da crise:

